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Um projeto que estava parado desde 1988, em São Sepé, está sendo retomado. As mineradoras do Carmo e Toscana, de Criciúma (SC), protocolaram na Fepam, na Capital, o pedido de licença prévia para construir uma usina termelétrica a carvão com potência de 12,5 megawatts no distrito de São Rafael, a 8 km da cidade em direção a Caçapava do Sul. Segundo o prefeito Léo Girardello (PP), será um investimento de R$ 75 milhões a R$ 80 milhões para construir a usina, que será abastecida com carvão extraído do nível do solo até 25 metros de profundidade, em uma área de 86 hectares que inicia às margens da BR-392.
Girardello diz que as duas empresas só aguardam as licenças da Fepam para começar as obras, que devem empregar mais de 200 pessoas para a montagem da usina. Depois, serão cerca de 70 empregos diretos para a extração do carvão mineral e a operação da termelétrica. A estimativa é que, por mês, serão extraídas 20 mil toneladas de carvão, o que encheria 1,5 mil caminhões-caçamba. Não há previsão de início das obras porque dependerá do tempo que levará para a aprovação dos projetos junto à Fepam.
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- Nessa área, a estimativa é que haja 22 milhões de toneladas de carvão. Dá para abastecer essa usina por 100 a 110 anos. E será com uma tecnologia moderna, que vai ter poluição quase zero. Vai largar no meio ambiente menos poluição que uma descarga de caminhão. E na área da mina, também terá poluição quase zero e deixará, depois, a área melhor do que está, toda reflorestada - comenta Girardello.
O prefeito de São Sepé espera que esse seja só o primeiro projeto do tipo na cidade, já que a demanda por energia é constante e pode aumentar quando a economia do país voltar a crescer. Ele destaca que a região tem grande potencial para a exploração de carvão mineral, mas que essa riqueza não foi explorada por causa da falta de interesse de governos e por pressão de ONGs contra empresas do setor. Porém, diz que a tecnologia evolui muito, reduzindo o impacto ambiental.
- É um gigante adormecido e um passo extraordinário para a geração de riquezas, empregos, impostos e bem-estar social, pois o que as pessoas precisam é de empregos - diz.
A nova usina será 55% maior que a termelétrica à base da queima de casca de arroz, recentemente inaugurada em São Sepé.